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6 locais para você conhecer mais a história negra

O Brasil é um país em que 54% da população se declara negra, sendo o segundo maior país de população negra no mundo, atrás apenas da Nigéria. Contudo, quantos locais que valorizam a história e cultura afro-brasileira você já visitou? Em vários cantos do país, há diferentes pontos que servem como fonte de aprendizado sobre as influências africanas na história do país.

Se você tem interesse em mudar isso, mas não sabe para onde deve ir ao procurar a passagem on-line da sua próxima viagem, fique tranquilo. Neste texto, apresentamos alguns dos locais mais interessantes no país para que você possa conhecer mais sobre a cultura, a história, a arte e a resistência dos negros no Brasil.

Museu Afro Brasil

Localizado em São Paulo, o Museu Afro Brasil, inaugurado em 2004, tem o intuito de promover, reconhecer e valorizar a história cultural africana e afro-brasileira. As exposições do local preservam esse patrimônio, sendo ancoradas em três eixos principais: história, memória e arte.

Com isso, o diversificado acervo aborda temas como trabalho, religião, diáspora africana e escravidão. O museu também destaca a trajetória histórica e as influências africanas que houveram na construção da sociedade brasileira. Ele se encontra no Parque do Ibirapuera e tem entradas gratuitas aos sábados.

Centro de Referência da Cultura Afro-Brasileira

Outro prédio que reconhece e coloca a história negra em destaque é o Centro de Referência da Cultura Afro-Brasileira, também conhecido como Centro Cultural José Bonifácio. Localizado na cidade do Rio de Janeiro, o nome do local é uma homenagem ao autor do primeiro texto abolicionista do Brasil, escrito em 1823.

O prédio convida os visitantes para conhecer mais sobre a história e a cultura negra com espetáculos, exposições e cursos. Também há uma biblioteca especializada com mais de 750 títulos, que podem ser consultados.

Quilombo da Rasa

Ainda no estado do Rio, um local que vale a pena visitar é o Quilombo da Rasa, localizado à beira da praia em Búzios. Lá vivem cerca de 800 famílias, que passam as tradições locais de geração em geração, algo que é um ato de resistência para preservar e valorizar a memória quilombola.

O local mantém o clima de comunidade, o que torna a visita ao destino muito mais agradável. Além do Quilombo, em Búzios também há o Museu a Céu Aberto, com monumentos que são referências aos locais de desembarque das pessoas escravizadas que ali chegaram.

Pelourinho

Um dos mais tradicionais e bonitos cartões postais de Salvador não se trata apenas de um lugar bonito. O bairro ao redor do largo, do qual a população é majoritariamente negra, tem grande importância histórica para a história negra, sendo considerado um Patrimônio Cultural da Humanidade.

No entanto, a história do local não é agradável: o pelourinho era uma punição na qual os negros escravizados eram amarrados e chicoteados em praça pública. Outro local próximo com ligação histórica a essa época é o Mercado Modelo, que ainda mantém o porão onde funcionava a senzala.

Forte da Capoeira

Também na capital baiana está o Forte da Capoeira, ou Forte de Santo Antônio Além do Carmo, que fica entre o Pelourinho e o bairro Barbalho. O local é um verdadeiro centro cultural sobre a cultura afro-brasileira, oferecendo palestras, seminários e exibição de filmes sobre a temática.

O Forte ainda conta com duas escolas de Capoeira que funcionam até hoje: o Centro Esportivo de Capoeira Angola e o Grupo de Capoeira Angola Pelourinho. A capoeira é uma expressão cultural genuinamente brasileira, surgindo como uma resistência à escravidão, misturando arte marcial, música e esporte. Não por menos, ela conquistou o título de patrimônio imaterial da humanidade.

União dos Palmares

O União dos Palmares abrigou o maior quilombo da história brasileira, sendo liderado pelo principal representante da resistência negra nacional: Zumbi dos Palmares. O local fica na Serra da Barriga, localizada no estado de Alagoas e há cerca de 80 km da capital alagoana, Maceió.

O Quilombo dos Palmares era uma comunidade livre, que abrigou pessoas escravizadas dos engenhos de açúcar da região, além de índios e brancos pobres expulsos das fazendas. A população total chegou a 30 mil pessoas, espalhadas em 11 povoados. Por essa história, o local foi tombado como patrimônio histórico da humanidade.

Hoje, a atração do local é o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, que tem o objetivo de recriar o ambiente da antiga República dos Palmares. Assim, os visitantes conhecem melhor a história por trás do berço da resistência negra no país.

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